Um último adeus.... É uma viagem à minha terra, às minhas raízes, um reencontro com as minhas origens.
Não falo de mim, mas de Crisóstomo, nascido em 1926 em Martim, uma aldeia portuguesa do Minho rural, que, como muitas outras, se desvanece em murmúrios, cheiros e imagens fraturadas que quase não se distinguem.
Esta é a visão de um tempo que parece ter-se congelado, que assistiu silenciosamente ao lento abandono das coisas e à passagem dos anos. Já lá vão quase 100 anos, diz o meu avô.
Crisóstomo, com os olhos cansados e incapaz de andar, faz a sua última viagem. Percorre  as relíquias de um passado na sua aldeia, revisitando pessoas, lugares familiares, o monte de Airó, casas, campos e tudo o que se perdeu nas suas memórias, e que agora recorda a que foram dias de glória.
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